segunda-feira, 4 de maio de 2009

sobre desentendimentos, cansaços e pedras encantadas...


"Telegrama de Paris... Todos os dias recebo um. Recebi ontem, hoje, todos os dias... Aquele homem mal está doente de novo, as coisas vão mal pra ele. De novo pede perdão, suplica que eu volte pra ele, e na verdade eu devia mesmo voltar a Paris e ficar com ele durante algum tempo. O senhor está me olhando tão severamente, Pétia... Mas o que se pode fazer, querido? O que devo fazer? O que devo fazer? Aquele homem está doente, está sozinho e infeliz... Quem toma conta dele? Quem cuida dele para que não volte a fazer bobagens? Quem lhe administra os remédios na hora certa? E, por que negá-lo? Amo aquele homem, é verdade, amo-o, amo-o. Esta pedra presa no meu pescoço é que me puxa para baixo, pra dentro do redemoinho... Mas eu quero bem a esta pedra e não consigo viver sem ela... Não pense mal de mim Pétia.. Não diga nada... Nada."