
Aí que ele assistia filmes que ela odiava.
Ele não lia, mesmo assim ela escrevia.
Ela estudava. Ele dormia e acordava.
Ele delirava, ela vivia.
Ela bebia. Ele inspirava – puxava forte.
Ela explicava, explicava... E cansava.
Ele brigava, depois chorava.
Ele se perdia, ela sempre o encontrava.
Ele amava, ela também.
- É fácil – continuou ele - É só não pensar – As palavras saíam de sua boca com serenidade que apunhalava, doçura que machucava. A feriu. E mesmo assim, sem conseguir parar de chorar, ela pediu, baixinho, numa humildade suplicantemente desesperada: “Então me ensina, por favor. Me ensina como você faz”.
Ele não lia, mesmo assim ela escrevia.
Ela estudava. Ele dormia e acordava.
Ele delirava, ela vivia.
Ela bebia. Ele inspirava – puxava forte.
Ela explicava, explicava... E cansava.
Ele brigava, depois chorava.
Ele se perdia, ela sempre o encontrava.
Ele amava, ela também.
- É fácil – continuou ele - É só não pensar – As palavras saíam de sua boca com serenidade que apunhalava, doçura que machucava. A feriu. E mesmo assim, sem conseguir parar de chorar, ela pediu, baixinho, numa humildade suplicantemente desesperada: “Então me ensina, por favor. Me ensina como você faz”.