segunda-feira, 15 de outubro de 2007

filhos da luz


"Deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer. Deixar que os olhos vejam pequenos detalhes lentamente. Deixar que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes, como móveis inofensivos, pra lhe servir quando for preciso, e nunca lhe causar danos morais, físicos ou psicológicos."
(Trecho da música Corpo de Lama, composição de Chico Science e Jorge du Peixe)



Uma brisa de poucos anos entrou meio desajeitada.
(Cheirava mortadela)
Cai, não cai.
Cai, não cai.
Quisera ela, teria mais um braço.
Livros já ocupavam os outros dois.
Tudo balançava.
Mochila nas costas, pesada.
(Talvez pesasse o futuro)
Cabelos pretos, lisos,
Arrumados em um suave topete frontal.
Estavam molhados.
Uniforme limpo, passado.
Manchas claras no rosto escuro.
Muito esforço, semblante caído, sonolento,
Uma ânsia angustiada por justiça e,
No final,
Um medo grande de que tudo acabasse não dando certo.

7 comentários:

Unknown disse...

sempre dá...por mais árduo que seja...!!

Anônimo disse...

e dá-lhe nação!

Josie Moraes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Josie Moraes disse...

Oi Mari...

Saudade amore...

Não é questão de ser a minha cara, desta vez não são mais minhas pirações de moleira em turbilhão, é uma tentativa de especialidade jornalística. Caminho que escolhi desde pequenina.

um beijooooo

CarlosCarlos disse...

Querida Mari.. Avisa essa moça que esse medo já tá passando, ele vem, é normal(também sinto todos os dias), mas ele passa, assim como todos os dias.. Eu sinto isso também.. Beijo,

CarlosCarlos

Guilherme Lima disse...

Que seria da vida sem nossos medos... rsrs

Lina disse...

Querida, que saudade daqui. Luz, luz, luz. Bjo gde, Lina